sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ária à Irmandade


Ó, qual linda donzela
Pequena flor da manhã
Sobre os amores, pequenina e bela
Inelutavelmente irmã

Trazes felicidade e sonho
Princesa singela
Para o irmão risonho
Que te zela com cautela

Amor como ao teu
Ja nunca houvera
No coração do irmão
Ao qual tanto impera
O medo crescente de expressar
Amor tão grandioso
Que para nao se tornar sarcomoso...

Precisa do seu cuidar.






De: João Lucas
Para: Irmã Querida

Soneto de Posse


O que tem um homem senão amor?
Da forma que se tem quando sente
O cúmulo da dor, imensamente.

Amor ao que desmereça
E ainda assim prefere amar...
Ao deixar que o amor feneça.

Ó necessidade,
De se sentir amado
Para que a poesia não padeça
Escreve sempre e amiúde...

Da expressão sempre dura.
Como uma pedra, amor virtude.
De uma pessoa pura
O amor não dura.



João Lucas

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Homem Duplicado.



Poeta, ali jaz seu coração.
Na página de um livro de espera.
Em que se pôs a mão
A pessoa que trouxe, outrora, a quimera.

Por ser efêmero, ó, poeta.
Ali jaz sem dimensão e célebre
Sequioso de escarlate
Aquele que imensamente
Conta as vezes que bate.

E se deleite, poeta.
Apesar de depressa o tempo
O rosto da inspiração não mudou.
Nem o fluxo de palavras. Imenso.

Ah poeta, que seria de ti
Se tivesse apenas um coração.
Absoluto e único...
É apenas a inspiração








De: João Lucas
Para: Inspiração.

sábado, 16 de outubro de 2010

Medo...



Medo de tentar por medo de falhar
Medo de beijar por medo do abraço
Medo da alegria, medo do palhaço.

Medo de olhar por medo de ver
Medo de mim, medo de você
Medo de voar por medo de cair
Vivendo no passado para não sair daqui.

Medo de aprender por medo da verdade
Medo de morrer com medo da eternidade
Medo de começar por medo de desistir
Medo de amar, medo de sentir

Posso soar tolo, mas é verdade
Este era eu antes da TUA VERDADE.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ela me ensinou...


João - Caraca, Stela. A Luna tá doente e o tratamento todo dá quase meu salário.
Stela - Por uma cachorra? Se fosse eu, de rocha, deixava morrer e comprava outra. Sai mais barato.

[...]
Enfim. Quando eu estava duro, triste, vazio, me chega de presente de aniversário atrasado, aquela pimpolha estabanada e babona [que nasceu no mesmo dia que eu] que passava horas puxando meu cadarço, rasgando meus jeans, pegando suas bolinhas e trazendo pra mim. Eu aprendi a ceder, entrar na brincadeira, na alegria, esquecer os problemas em meio àquela queda de pelos e baba. Era lindo...Ela me ensinou a brincar.

Lembro dela crescendo, igualmente estabanada, só que muito inteligente. Até que um dia eu a separo dos irmãozinhos e ela tem que viver sozinha, chorando toda noite, se acostumando com a falta de tempo do dono, mas aproveitando os 10, 15 minutos de contato diário com a maior alegria possivel...Amando, mesmo ficando sozinha...Ela me ensinou a ser grato.

E quando em um dia corriqueiro, a lêndea que trabalhava na pet shop a deixou cair no chão toda molhada, e ela quebrou a pata. Suportou a dor, e ainda me dava lambidinhas de consolo quando me via chorando, correndo pra lá e pra cá pra arranjar alguém pra me ajudar a cuidar dela. Mal sabe ela o que eu tive que passar pra vê-la bem. Ela me ensinou a ser forte. Obrigado Dra. Thilde.

E quando a danada fugiu e eu fui a encontrar um quarteirão depois, na mão de um indivíduo qualquer, cheio de criança em volta dando até nome novo pra minha bebê. Aiiiiiii que raiva que eu senti. Ai que ciúme. A cachorra é minha, pinóia. kkk. Devolve ela aqui agora. Vem no papai, Luna, nunca mais te deixo só...Você me ensinou a acreditar.

Tudo isso fora as lições diárias de gratidão, amor, carinho e afeição, que me fazem ser uma pessoa melhor a cada dia. Claro que eu gasto tudo isso pra te ver bem. Gastaria muito mais, se precisasse. Não há dinheiro que pague o que você faz por mim, mesmo sem palavras. Vamos desculpar a Stela, ela não sabe o que fala. Haha. ♥

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Homem e o Macaco


Já dizem as teorias darwinistas que o homo sapiens e os símios atuais têm uma derivância evolutiva de um ancestral comum semelhante ao macaco. Muitos concordam, outros discordam, mas sinceramente me sinto mais honrado de ter como antepassado um macaco primitivo do que conviver em um mundo de metazoários racionais com grande inteligência e capacidade de influência, mas mesmo assim se utiliza de tudo isso com os meros propósitos de crescer individualmente, e não como um todo, e empregam toda a sua capacidade, força e dinheiro para destruir irremediávelmente o pobre planeta que habitam.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Homem de Bem I


Eu, como bom kardecista que sou, acredito piamente que tudo o que nos acontece faz parte de um plano maior. O emprego que a gente perde, os amores que não dão certo, as pessoas que vão embora da nossa vida, o braço que a gente quebra, o tumor na cabeça, o celular roubado, o campeonato perdido, a nota baixa, a traição enfrentada...Tudo isso nos faz mais fortes, mais humanos, mais determinados e mais compreensíveis. Apesar de dar raiva circunstancial, ás vezes, eu nunca cultivei sentimentos ruins por nada e por ninguem. Sinto, porém não cultivo. Pois me ensinaram uma vez que o perdão e a resiliência são os maiores segredos para se tornar um homem de bem. E essa virtude eu não largo por nada. x]

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pessoa Certa


E eu realmente acho que deveria ficar mesmo sozinho, ao invés de esperar a tal pessoa certa. Parar de ficar nutrindo paixões mal correspondidas, de dar valor a quem não se importa que eu o dê e de ficar parando minha própria vida pensando em 'crushes' que não darão em nada. Parar de ficar abrindo o meu livro para que quaisquer pessoas o leiam, e aprender a escrever a tal história comigo como protagonista, sem precisar de ninguém para a felicidade ser feita. Como se fosse uma águia, voando sozinha...Sem muitas ambições...Acho que deveria aprender a ser eu mesmo a pessoa certa da minha vida.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Falta de Sorte [?]


Já dizia uma frase de autor desconhecido, que a sorte tem o hábito peculiar de favorecer aqueles que não dependem dela. Eu, de fato, nunca contei com isso...A Lei de Murphy se faz presente cada dia mais resiliente na minha vida, e até agradeço por isso...Pois a cada choque, cada tombo ou decepção que eu sofro, mais forte eu fico. Portanto essa onda de azar me faz um João diferente a cada dia que passa. Um João tolerante a ofensas, resistente à críticas, altruísta com os que necessitam...
Mas eu acredito que sorte é como uma nota de dez reais no chão...Nunca fez ninguém rico, porém ninguém recusa abaixar pra pegá-la...Uns precisam mais, outros menos.
E ainda assim meu anzol nunca é puxado do rio das incertezas, certeza que um dia um peixe o fisgará e a paciência de esperá-lo terá valido à pena.